Os três pilares para o sucesso no emagrecimento

Camila Reghin Lopes

12/30/20244 min read

Os três pilares para o sucesso no emagrecimento

Camila Reghin Lopes
30/01/2024 - 4 min. leitura

Você com certeza já ouviu falar que para conseguir emagrecer ou mudar sua composição corporal basta ter força de vontade e acreditar. Possivelmente você até acredite nisso. Por um tempo, eu também pensei que fosse assim, mas bastou eu me aprofundar na ciência do comportamento para entender que as coisas não são simplistas assim.

No artigo de hoje você vai aprender que existem 3 pilares fundamentais para você conseguir alcançar seus objetivos, seja na nutrição ou em qualquer outra área da sua vida. Acredito tanto nesses pontos que uma parte da minha consulta nutricional é reservada apenas para conversarmos sobre os três. Vamos a eles: 

Calma que eu te explico.

Motivação


Estar motivado é FUNDAMENTAL para você se manter no planejamento. Isso não significa estar empolgadíssimo sempre, acordar e dar bom dia para o sol, fazer tudo de bom humor. Significa apenas que deve haver um bom motivo para as suas novas ações. Se não existirem motivos claros para você fazer o que precisa ser feito, você não vai fazer.

Imagine uma mãe com seu bebê recém nascido que chora de 30 em 30 minutos durante a noite toda. Você acha mesmo que essa mãe acorda para cuidar do bebê porque é disciplinada? Se essa mãe fosse indisciplinada, ela não acordaria? Na realidade, essa mãe acorda, mesmo estando insuportavelmente cansada, porque existe uma motivação enorme para ela realizar esse comportamento: a motivação é assegurar que seu bebê está bem e feliz.

Muitas pessoas, talvez por confusão dos conceitos, afirmam que a motivação não importa e o que importa mesmo é a disciplina. Acredito que existe esse erro de conceito porque confunde-se motivação com entusiasmo, quando uma coisa não tem necessariamente dependência da outra.

Uma pessoa disciplinada é aquela que consegue seguir regras e ter autocontrole. Mas é quase impossível ter disciplina em uma atividade que você não vê bons motivos para realizá-la. Portanto, o foco deve ser encontrar grandes motivos para as suas novas ações e repetir esses motivos em sua cabeça com muita frequência, de tal forma que não haja possibilidade de esquecê-los.

Ambiente

Entretanto, não basta estar motivado em algo se o ambiente em que você vive não condiz com aquilo que você quer fazer. O nosso ambiente tem um enorme poder em moldar nosso comportamento, seja pro bem ou seja pro mal.

Pense comigo, se na sua casa existe grande disponibilidade de doces espalhados pelos armários, geladeira e bancadas, fica muito difícil evitar o consumo, não acha? Se, por outro lado, esses doces não existirem em sua casa ou o acesso a eles estiver restrito, fica muito mais fácil se conter.

Isso, apesar de não ser o objetivo aqui, me faz pensar sobre os ensinamentos cristãos sobre a tentação: não queira lutar com a tentação. Apenas fuja. Fica muito mais fácil vencê-la dessa forma.

Vamos a outro exemplo. Se toda vez que você vai beber água precisa se deslocar da sua mesa de trabalho até o bebedouro, sua ingestão hídrica será bem mais trabalhosa e você tende a beber menos água do que se tivesse uma garrafinha bem na sua frente. Eu poderia dar muitos outros exemplos (talvez eu faça nisso num próximo artigo), mas você vai precisar olhar para seu próprio ambiente e ir percebendo onde dá pra melhorar.

Comportamento

Por fim, depois de ter alinhado sua motivação com o seu ambiente, você vai precisar aprender novas formas de comportamento. Isso porque você já está bem acostumado a realizar comportamentos que são deletérios e as vezes você nem percebe.

Por exemplo, sempre que você volta do trabalho, tem o hábito de parar naquela padaria que está no caminho para a sua casa e comprar bolo. Esse é um comportamento que você faz no automático, não precisa pensar muito sobre ele para realizar a ação. Precisamos, então, aprender uma nova forma de comportamento, como por exemplo mudar a rota do caminho para a casa, evitando passar pela padaria e ter o gatilho de parar para comprar o bolo.

Um outro exemplo bem comum, que a maioria das pessoas que tem uma má relação com a comida passam: sempre que há um desconforto emocional (uma briga com o namorado, por exemplo), a pessoa usa a comida para amenizar aquele sofrimento. Não podemos negar que um alimento gostoso traz conforto, mas você concorda que é um comportamento disfuncional a longo prazo? Não podemos evitar momentos de tristeza, insegurança e medo durante a vida, pois eles vão acontecer. E acontece com certa frequência, pra todos nós. Portanto, é necessário aprender novas formas de comportamento diante da dor, seja meditando e entendendo aquele sentimento, seja buscando outras formas mais saudáveis de alívio, como ouvir uma música, dar uma volta na praça, conversar com alguém especial...

No final das contas, cada pessoa vai precisar encontrar suas próprias motivações, os pontos onde o ambiente está atrapalhando na aderência das suas novas ações e os comportamentos disfuncionais que já faz no automático. Acredite, alinhando essas três coisas, o sucesso vem.

  • Estar motivado de verdade;

  • Alterar o seu ambiente;

  • Aprender novas formas de comportamento.